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19 junho 2018

Broa Caxambu


Broa Caxambu


Queridos leitores, desculpem-me mais uma vez se acharam que foram abandonados. Juro que estava com saudade de postar, mas o tempo corrido sempre me fazia dar prioridade a outras questões.

Então, como diz o ditado, "antes tarde do que mais tarde", eis que é tempo de guloseimas juninas. Aliás, para ser bem honesta, essa receita foi feita há mais de 1 ano (incluindo as fotos), tanto que escrevi em um caderninho para não perder, mas não anotei a fonte. Por isso, se aparecer o autor ou se alguém a tiver visto em outro site, por favor me avise que darei os créditos.

Broa Caxambu é aquela delicinha que traz tanta coisa gostosa, né? Combina com receber a visita para um cafezinho para papear e colocar a prosa em dia. Não sei vocês, mas para mim toda receita que leva fubá tem um apelo de comida afetiva.

Bom, vamos à receita que é bem fácil.

13 dezembro 2017

Pudim de Nozes e Creme de Ovos

Pudim de Nozes


Não à toa tantas obras de ficção tratam do tema viagem através do tempo. É um assunto que fascina muitos de nós desde que somos crianças, a possibilidade de nos teletransportarmos para o passado ou futuro a bordo de uma engenhoca cheia de engrenagens e traquitanas. A física tem feito alguns experimentos com essa finalidade, mas esse assunto é tão mais complexo e abstrato para meu entendimento que nem vou me arriscar a discorrer uma linha sequer sobre essas teorias.

Enfim, nessa época do ano - coincidentemente ou não por conta dos apelos da mídia - lembranças aleatórias afloram mais em minha mente. Foi aí que tive o insight que podemos construir uma máquina do tempo personalizada apenas com nossas próprias memórias.

Basta um aroma no ar ou olhar para uma foto ou uma data do calendário para desencadear uma série de viagens pelo tempo. Hoje faço esse teletransporte com alguns dos meus Natais. Essas lembranças que agora escrevo não têm ordem cronológica ou estão inter relacionadas. Meu exercício é só o registro e as impressões que me causaram.

23 dezembro 2016

Ovos Nevados e o Espírito Natalino



Ovos Nevados



Essa época do ano me faz mais reflexiva do que já habitualmente sou - como se isso fosse possível. Seriam os apelos das propagandas para venda de presentes, ou as campanhas humanitárias, o frenesi da renovação para o próximo ano (não sem antes fazer um balanço desse que estamos), sempre almejando nos tornarmos melhores do que fomos, ou somos, enfim. 

Os sentimentos fáceis afloram em profusão. Abraçamos mais quem vemos sempre como se precisássemos demonstrar mais ainda nosso carinho e amor. Coisa que podemos fazer em outros momentos do ano, mas no Natal parece fazer mais sentido, ou mais necessário.

20 junho 2016

Doce de abóbora "Amor"

Doce de abóbora "Amor"

O Brasil é um país de tanta riqueza e diversidade cultural que acredito nos coloque no ranking dos povos mais festeiros do planeta.

Cada região brasileira tem suas particularidades ao cultuar suas tradições. Não dá para dizer qual festa é mais bonita ou importante em relação à outra. O Carnaval - e todas suas manifestações - é talvez a mais conhecida mundialmente. Porém, tenho a Festa Junina como minha queridinha.

O clima, as roupas, a dança, a decoração, as quermesses, as brincadeiras, as prendas e as comidas típicas - como um todo - são imbatíveis (para mim, pelo menos). É festa para todas as idades, para todas as classes sociais. Festa que dá para fazer de improviso, onde cada um traz um quitute, uma bandeirinha, um adorno. Dá para se caracterizar vestindo uma camisa xadrez ou saia rodada e uma trança no cabelo ou chapéu de palha. A fogueira agrega as pessoas para um papo gostoso além de assar pinhões, batata doce e o que mais vier. Uma canequinha de quentão, exalando o aroma do gengibre e especiarias, garante calor no corpo para enfrentar temperaturas mais baixas. Adoro tudo isso!

23 dezembro 2014

Gingerbread (outra versão)



Caldeirão da Bruxa Solar


Que seria de nós, pobres humanos, sem nossos rituais, nossas crenças, nossos motivos para comemorações? De certo a vida não teria a graça que tem, e passaríamos por ela sem ter o precioso tesouro das recordações.

Já há um tempinho, postei AQUI qual era a "Minha Receita de Natal". Contei um pouco do significado dessa data para mim e como o valor das boas memórias era infinitamente maior do que os presentes recebidos.

Dia desses meu pai me veio à lembrança - infelizmente ele não está mais materialmente entre nós. Recordei de quanto ele gostava das festas de fim de ano e logo em seguida veio uma lembrança super gostosa.

19 dezembro 2014

Falso Kugelhopf

Falso Kugelhopf


Sabe aquela coisa que se compra e depois que se vai checar a origem? Pois...

Vi esse bolinho numa foto de babar no site Pinterest, minha rede social favorita. Imediatamente salvei na minha pasta de favoritos do computador, na lista que já deve contar com mais de 300 receitas "a fazer". Bem, olhei os ingredientes e tinha quase todos em casa, com exceção do iogurte. Mas aí, como tinha que sair mesmo para outras compras, a preguiça não me pegou e lá fui eu na empreitada de fazer esse bolinho, que agora já estava na minha lista mental das coisas obsessivas "se não fizer vou aguar".

Era mais ou menos umas 9 da noite e eu lá, deixando a manteiga e os ovos fora da geladeira, fazendo o mise en place, posicionando a batedeira, super motivada na empreitada dos bolinhos.

Nessa hora, meus amigos leitores, é importante dividir com vocês as minhas experiências para mostrar que quem faz o Caldeirão é a Bruxa, mas essa trabalha o dia todo, tem afazeres diversos e estava particularmente super cansada. Voltando: fiz a massa, despejei nas forminhas, e só aí me dei conta que tinha deixado de fora as nozes e gotas de chocolate. Aff, pensei, o cansaço me desconcentrou e acabou dando um trabalhinho extra. "Herrar é umano". Oops!

24 fevereiro 2014

Sagu de uva e creme inglês

Sagu de uva e creme inglês


São duas estórias que quero contar hoje. Uma é recente e está relacionada com a outra, a de um grupo de amigos que se conhecem há cerca de trinta anos.

Então vamos lá. Um desses nossos amigos postou em uma rede social a foto de uma sobremesa que faz tempo não comia, o Sagu. Deixei lá um comentário e ele brincou dizendo que a Bruxa poderia fazer para todos "um dia desses". 

Coincidentemente - ou não, se você como eu não acredita em acaso - outro casal desse nosso grupo havia convidado a todos nós para um almoço. Aproveitando, falei que levaria então o Sagu. Foi engraçado como a partir daí apareceram "saguzólogos" até então enrustidos. Doce das antigas, ou de vovó, andava o tal Sagu parece que esquecido até nas sobremesas de casa, quiçá nos restaurantes!

18 dezembro 2013

Rabanadas, infância & o Natal

Rabanadas


Natal é uma data que para alguns é motivo de alegria por ter a possibilidade de estar e celebrar com os entes queridos. Infelizmente esse sentimento não é comum a todos.

Quando era mais nova achava um absurdo ouvir das pessoas que essas não gostavam do Natal, que essa era uma época triste ou que sentiam uma imposição de estar bem com tudo e com todos. Muitos reclamam - com toda a razão, concordo - que há uma apelação ao consumo desenfreado e que a verdadeiro motivo da data fica totalmente esquecido.

Passados alguns anos, mesmo após perdas bem doloridas, não consigo achar o Natal uma época triste. Imagino que é como aprender a andar de bicicleta, quando se consegue não esquece mais. Uma vez que o Natal sempre me trouxe boas recordações, mesmo nas fases que passamos os inevitáveis fatos da vida, ainda assim continuo a depositar a mesma expectativa e alegria em ter as pessoas queridas comigo.

13 dezembro 2013

Biscoitos Gingerbread


Biscoitos Gingerbread


Cada um tem uma tradição, um hábito ou até mesmo, no meu caso, um bom pretexto para as festas de fim de ano. Montar a árvore e decorar a casa pode até ser uma opção, mas fazer biscoitinhos em casa é sagrado!

Os meus costumeiros para essa época são esses AQUI, mas já fazia um tempo queria experimentar os gingerbreads. O molde do bonequinho foi comprado já nem lembro quando, mas como esses biscoitos são próprios das festas natalinas, esperei até agora e me apaixonei por eles.

12 dezembro 2013

Bûche de Noel ~ Oficina Fleischmann "Os doces do Natal"

Oficina Fleischmann Natal

Fui convidada a participar de mais uma oficina da Fleischmann, dessa vez com o tema de receitas do Natal tradicionais de várias partes do mundo.

Se eu contar que em 2 horas fizemos muitas receitas e todas com resultado final de que parecia que foi gasto um tempo enorme na cozinha vocês iriam acreditar? Pois é a mais pura verdade. 

O propósito da Oficina promovida foi demonstrar como os produtos da linha encontrados o ano todo nos supermercados podem servir como base para o preparo dessas receitas tradicionais como um atalho na execução.

Confesso que até eu, que gosto de passar horas na cozinha me rendi à essa praticidade. Os blogueiros participantes foram divididos em 3 equipes para executar as seguintes receitas: Biscoitinhos Modelados, Cookies, Strufolli, Bûche de Noel (Tronco de Natal), Bolo de Natal Inglês, Lampreia de Ovos e Reiskrem (Pudim de Arroz).


Oficina Fleischmann Natal

Hoje mostro um pouco do evento propriamente dito, o capricho com que foi montada uma mesa típica natalina, algumas fotos da demonstração do preparo e trago a receita do Bûche de Noel com dicas e um truque que vai surpreender a todos.

Agradeço mais uma vez à Fleischmann e toda a equipe pela tarde deliciosa que nos proporcionaram desejando também Boas Festas à todos!


Bûche de Noel

Bûche de Noel (Tronco de Natal)
(rendimento 2 troncos)
Ingredientes
>massa
1 embalagem de Mistura para Pão de Ló Fleischmann (450 g)
5 ovos (300 g)
1/2 xícara (chá) de leite (100 ml)
1 colher (chá) de canela em pó (2 g)
>ganache
500 g de chocolate meio amargo picado
1 e 1/2 xícara (chá) de creme de leite (300 ml)
2 colheres (sopa) de rum
1 e 1/2 xícara (chá) de nozes trituradas (165 g)
>montagem e decoração
1 pote de geleia de framboesa (320 g)
frutas vermelhas (cereja, framboesa, morango, mirtilo e groselha)
marzipan
chocolate em Pó

Oficina Fleischmann Natal

Preparo
>massa 
Em uma vasilha misture todos os ingredientes e bata na batedeira ou à mão por 5 minutos ou até obter uma textura homogênea. Forre 2 assadeiras para rocambole (19 x 38 cm) com folhas de papel toalha (sim, papel toalha!) e despeje a massa sobre elas. Com a ajuda de uma espátula, espalhe a massa para nivelar. Finalize colocando mais uma camada de papel toalha e apertando levemente a superfície para que fique em contato com a massa.

Leve para assar em forno preaquecido 180 graus por cerca de 10 minutos ou até que, ao espetar um palito na massa, ele saia limpo e seco. Assim que sair do forno, retire todos os papeis toalhas do pão de ló ainda quente,  puxando com cuidado com as pontas dos dedos. Espere amornar

>ganache 
Em uma vasilha refratária misture o chocolate e o creme de leite e leve ao micro-ondas em potência média (50%) por 3 minutos, misturando a cada 30 segundos até que o chocolate derreta por completo. Junte o rum e mexa até ficar homogêneo. Divida o creme em 2 partes. Misture as nozes em uma delas para o recheio e reserve o restante para a decoração.

>montagem do tronco
Abra uma tira de plástico filme na bancada, disponha uma das massas de pão
de ló sobre ela e um plástico por cima, passe um rolo para compactar levemente a superfície e descarte o plástico de cima.
Sobre a massa compactada passe uma camada fina de geleia e, sobre a geleia, espalhe uma camada da ganache com nozes.
Levante a massa com a ajuda do filme plástico que estava sobre a bancada, e vá empurrando a massa para enrolar como um rocambole. Embrulhe com o filme plástico, torça bem as extremidades para manter o formato e leve para a geladeira para firmar, por cerca de 10 minutos.

Repita o processo com a massa restante.
Desembrulhe os rocamboles, disponha-os em uma travessa de serviço e cubra com a ganache reservada. Espalhe com a ajuda de uma espátula ou o fundo de uma colher. Corte cada tronco na diagonal na altura de 1/3, para formar os respectivos galhos. Coloque cada base sobre o prato em que for servir e risque com um garfo formando uma textura de tronco. Posicione cada galho em seu tronco e decore com o garfo da mesma forma, para que fique com textura amadeirada. Coloque na geladeira para firmar por 10 minutos.

Decore cada tronco com as frutas vermelhas e com o marzipan, modele cogumelos.

Com uma peneira fina polvilhe o chocolate em pó sobre a superfície. Sirva gelado.

Variações:
• Substitua o rum da ganache pela mesma quantidade de café passado ou licor de laranja.
• No lugar das nozes, utilize amêndoas ou avelãs.
• Combine outras geleias ácidas para fazer o recheio, como a de laranja, a de damasco
azedo ou a de frutas vermelhas.
Dica:
• No lugar do papel toalha, você pode utilizar papel manteiga. O papel toalha agrega
praticidade, pois é só destacá-lo do rolo para forrar a forma. Para este uso, escolha
um papel de boa procedência, resistente e sem decorações coloridas.

Técnica:
• Forrar e sobrepor a massa com papel serve para não formar casquinhas dourada na massa de modo que permaneça flexível para enrolar com mais facilidade.

Oficina Fleischmann Natal






21 agosto 2013

Crème Pâtissière (Creme de Confeiteiro)

Crème Pâtissière (Creme de Confeiteiro)




A começar por hoje vou postar as receitas que podem ser usadas individualmente para outras finalidades e aplicações mas que fazem parte de um doce o qual aprendi em uma aula ministrada no Espaço "Viver Casa e Gourmet" - local que já conhecia por ter participado de alguns eventos - pelo simpático chef Rodney Neuri Carvalho.

Bom, toda boa receita tem seus truques e dicas que o chef Caco (apelido que ele nos autorizou a chamá-lo) generosamente nos ensinou.

Então aqui hoje esse creme famoso, um ícone da confeitaria francesa, sem mistério nenhum para não empelotar e deixá-lo com uma consistência bonita e aveludada. Sua utilização é bem ampla, pode ser recheio de sonhos, bolos, folhados e da surpresa que trarei aqui.

21 junho 2013

O bolo "Souza Leão" na versão século 21

Bolo "Souza Leão"


A cultura de um povo é como uma colcha de retalhos, constituída de muitas particularidades. Só para citar algumas, localização geográfica, atividades econômicas, costumes que vieram também de outros povos, guerras, conflitos e tantas outras que ficaria aqui só me atendo a elas.

O reflexo dessa cultura aparece então no comportamento e predileções de um povo, manifestando-se na arte, arquitetura, música, vestimentas e no assunto o qual é o motivo desse blog, a culinária.

28 maio 2013

Papo de Anjo



Papo de anjo

Em um mundo e momento atual de tanta coisa acontecendo, processando e descartando-se, de um imediatismo extremo que leva em pouquíssimo tempo a novidade ao desuso, deveríamos refletir um pouco sobre a vida de nossos antepassados, não com um olhar nostálgico, mas com senso crítico e questionador.

Vamos nos ater ao tema culinária para o assunto não ficar amplo demais. Hoje temos cada vez mais ingredientes atraentes, novidades pipocando como sendo o que há de melhor, recursos dos equipamentos e utensílios que viraram nosso sonho de consumo, técnicas culinárias apuradíssimas e mesmo assim, qual prato ou receita surgida nos últimos 20 anos que ultrapassou o modismo e virou um clássico?

14 fevereiro 2013

Doce (de)leite

Doce de leite caseiroAhhhhhh, o amor! 

Acho que é o Valentine's Day que está me inspirando hoje para falar de umas das minhas paixões, o doce de leite, um doce deleite!

23 janeiro 2013

Bolo de fubá, o tradicional


Bolo de fubá tradicional

"O mundo é cheio de coisas", já dizia um amigo. Basta não termos para querermos, a falta nos faz cobiçar e desejar o que está para nós um tanto mais assim, diria, inacessível.

Desculpem-me os leitores de outros países, mas agora estou me dirigindo aos brasileiros. Vocês tomam guaraná regularmente? Mas, quando vocês viajam para fora do Brasil e passam alguns dias - nem tantos assim - não dá uma vontade louca de tomar esse refrigerante? E de comer o pãozinho francês? Os que não tem por hábito comer arroz e feijão todos os dias, como eu, é só por o pé pra fora daqui que pronto, bate aquela vontade, não é mesmo?

Já vi brasileiro com menos de uma semana no "estrangeiro" indo atrás de restaurante de comida típica brasileira. Exagero? Vai saber...

19 dezembro 2012

Receitas dos Blogueiros para o Natal e um lembrete

Hoje a Andréa Potsch do blog "Aromas e Sabores" juntamente com alguns blogueiros está propondo uma ceia de Natal para os nossos leitores. É como se cada um de nós contribuísse para uma mesa de quitutes e gostosuras para celebrar bons momentos com as pessoas queridas.

O Caldeirão está participando com uma receita de minha avó que fazemos somente nessa época. Nada mais me remete ao Natal e às lembranças gostosas associadas a ele que essa receita. É um pouco trabalhosa, mas ritualística ao mesmo tempo e esse preparo faz parte da magia e encanto que trás tantas recordações, tantas boas lembranças.

Para acessar a postagem das outras receitas clique >AQUI<

E aqui está a minha receita, postagem do início desse ano, feita no Natal passado. Repetiremos esse ano com certeza. Espero que gostem.















Para acessar a receita clique >AQUI<


LEMBRETE: Hoje é o ÚLTIMO DIA PARA SE INSCREVER E CONCORRER ao SORTEIO DO LIVRO "Bolo de Avó", lançamento da Editora Boccato/ Cooklovers. Acesse o link >AQUI<

BOA SORTE!



16 outubro 2012

Pão Challah #World Bread Day

Pão talvez seja um dos alimentos mais democráticos do mundo e imagino também um dos mais antigos. Toda cultura nesse planeta faz da mistura de farinha, água e levedo, com algumas variações, uma receita tanto cultuada como consumida diariamente.

Hoje na blogosfera comemora-se o 7o. World Bread Day (Dia Mundial do Pão) iniciativa desde 2006 do blog Kochtopf.

Minha participação é com esse pão de origem judaica, o Challah, um pão trançado, simbolizando em cada uma das suas pontas a Verdade, a Paz e a Justiça. As sementes de papoula representam o Maná caído do céu.

Gosto muito das receitas comemorativas e cheias de significados, achei que seria uma maneira bacana de dar a minha contribuição a esse dia. A receita fui buscar no blog Anasbageri, uma referência para os amantes de pão, como eu. Fiz algumas adaptações na receita original, prefiro usar o fermento fresco ao seco, coisa minha. Também reduzi as quantidades para dar um só pão.


Pão Challah (World Bread Day)


Pão Challah (World Bread Day)

Pão Challah
(1 unidade de aproximadamente 23 cm de diâmetro)
receita original DAQUI

Ingredientes
>esponja
80g de farinha de trigo
1 tablete (15g) de fermento biológico fresco (para pães)
2 colheres (sopa) de açúcar
50ml de água
>massa
300g de farinha de trigo (aproximadamente)
40g de açúcar
2 ovos ligeiramente batidos
1 colher (chá) de sal
1 colher (sopa) de mel
1 colher (sopa) de azeite de oliva - usei extra virgem
1 colher (sopa) de água
>para pincelar
leite o quanto necessário
sementes de papoula ou outro (opcional)

Pão Challah (World Bread Day)

Preparo
>esponja
Em um recipiente de tamanho médio dissolva o fermento com o açúcar até virar um creme. Misture a farinha e adicione a água, mexendo até dissolver bem. Cubra com um pano seco e deixe levedar até formar uma massa esponjosa (cerca de 1 hora, dependendo da temperatura ambiente).

>massa
Depois da esponja pronta, adicione os outros ingredientes, tomando o cuidado de acrescentar a farinha aos poucos. Despeje essa massa em bancada enfarinhada, unte as mãos com azeite e trabalhe por uns 10 minutos no mínimo. Caso necessite, acrescente farinha aos poucos até sentir que a massa não está grudenta.
Coloque essa massa em um recipiente untado com azeite, cubra e deixe descansando em lugar quente e não ventilado até dobrar de volume. Quando isso acontecer, divida em 3 pedaços iguais, fazendo rolos compridos de igual tamanho. Faça uma trança e una as pontas, formando uma coroa (ou dê o formato que preferir). Coloque em fôrma untada e deixe crescer até dobrar de volume.

Pincele com leite e cubra com as sementes de papoula. Leve para assar em forno pré aquecido a 180 graus até a superfície do pão ficar dourada.

Nota: se o ambiente estiver muito frio e o pão estiver demorando a crescer, o fato de colocar para assar no forno em temperatura bem baixa vai fazer com que ele aumente o volume.




23 julho 2012

Doce de abóbora

Hoje a postagem é o passo número 1, ou um dos ingredientes da receita completa que postarei amanhã. Achei que valia a pena desmembrar pois esse doce tão gostoso já é digno de uma postagem só dele, mesmo que sendo um doce conhecidíssimo.


Mas, afinal, por que não fazer o que já sabemos que é gostoso? Agora, prepare-se que amanhã tem a continuação, combinado?




Doce de abóbora
(aproximadamente 400g de doce pronto)

Ingredientes
1kg de abóbora sem a casca e as sementes picada em pedaços médios
220g de açúcar refinado (comum)
2 paus de canela
6 a 8 cravos

Preparo
Leve todos os ingredientes ao fogo alto em panela de fundo grosso. Quando soltar a água da abóbora, abaixar o fogo para médio e deixar cozinhar com panela tampada  até amolecer totalmente (mexa com uma colher de pau de vez em quando para não grudar).

Caso queira acrescentar coco ralado, use 100g deste quando a abóbora estiver bem cozinha, mas um pouco antes de desmanchar.

Esse doce acompanha bem queijo branco ou um sorvete de coco. E amanhã também será ingrediente de outra receita. Não perca!


22 junho 2012

O Casamento da Dona Canjica com o Seu Curau

Uma das danças típicas mais conhecidas nesses festejos juninos é a Quadrilha, que se dança em pares celebrando um tipo de casamento, ou pelo menos sempre há um noivo e uma noiva.

Resolvi fazer meu "casório" também com dois doces típicos servidos nessas festas e que para mim são os melhores, a canjica (nome aqui da região sudeste do Brasil) e o curau, um delicioso creme de milho verde. Foi a primeira vez que variei no preparo da canjica, depois de ver muitas receitas inventivas e aparentemente deliciosas com ela.

À respeito dessa união posso dizer uma coisa: parecem que foram feitos um para o outro!


Canjica com curau

Ingredientes
250g de canjica
1 lata de milho verde em conserva (ou o milho fresco, se preferir)
1 lata de leite condensado
500ml de leite (aproximadamente)
3 colheres (sopa) de açúcar
1 canela em pau
canela em pó para polvilhar


Preparo
Lave a canjica e deixe de molho submersa em água, de preferência da noite para o dia. Coloque o grão com essa água em uma panela, adoce e deixe cozinhar até o grão ficar quase no ponto (se precisar acrescente mais água). Quando chegar nesse ponto, observe se está ainda com muita água. Se for o caso, retire o excesso com uma concha, mas deixe só um pouquindo dessa água que está com o amido da canjica.

Escorra a água do milho verde e ainda na peneira ou escorredor, leve para debaixo da água corrente da torneira para tirar aquele resíduo da água da conserva. Deixe escorrer bem, coloque no liquidificador junto com 150 ml do leite e bata até virar uma mistura líquida (se preferir, pode passar por uma peneira para tirar o excesso da casquinha do milho). Junte essa mistura à panela da canjica cozida junto com o pau de canela, abaixe o fogo e mexa de vez em quando para não grudar no fundo. Vá acrescentando mais leite, aos poucos, se necessário. Quando estiver bem cozido, deslique o fogo e aguarde uns 15 minutos. Veja se a canjica está precisando de mais leite e se esse for o caso acrescente mais um pouco, ligue o fogo e deixe até ferver. Apague o fogo, acrescente a lata de leite condensado, mexa bem e não lique mais o fogo.

A canjica pode ser servida quente ou fria, polvilhando canela em pó por cima.



02 maio 2012

Reinterpretando o Manjar de Coco

Outro dia estávamos almoçando em um restaurante com alguns amigos e um deles, jornalista, comentou da impossibilidade de se patentear uma receita. Achei curioso o rumo da nossa conversa, pois confesso que não fiz sequer alguma consideração dos meus interesses como quituteira, o assunto surgiu por conta de fotos de comida para a revista que ele trabalha.

Essa constatação se deve ao fato de que as receitas "originais", as que foram criadas há muito tempo de uma tal maneira acabam muitas vezes tomando rumos com o passar do tempo totalmente inesperados. Veja >>aqui<< o que achei à respeito de como foi criado esse doce tão apreciado no Brasil, o Manjar Branco de Coco com Calda de Ameixas Pretas. A primeira versão era salgada, feita com galinha!

Bom, de lá pra cá muitas alterações e modificações têm sido feitas. Como é um doce que minha filha adora, resolvi também brincar um pouco reinterpretando esse clássico, porém sem mudar os ingredientes base. Foi um exercício bem interessante, totalmente despretencioso e que resultou em um doce que lembra o original na sua essência, mas como a mudança de pequenos detalhes podem influenciar o resultado final.



Manjar caramelo de coco com calda de ameixas frescas
(6 potinhos de 100 ml cada)


Ingredientes
>manjar
3 colheres (sopa) de açúcar
400ml de leite
3 colheres (sopa) de amido de milho dissolvidas em 100ml de leite
200ml de leite de coco
1/2 lata de leite condensado (200g)
>calda
4 ameixas frescas grandes, descaroçadas e cortadas em fatias (com a casca)
150g de açúcar cristalizado (usei o demerara)

Preparo
>manjar
Coloque o açúcar em uma panela de fundo grosso e leve ao fogo médio para caramelizar (a cor do caramelo depende do quanto de tempo for deixado no fogo). Acrescente 200ml de leite. Aguarde até o caramelo se dissolver no leite e acrescente o restante dos ingredientes: o leite, o amido de milho dissolvido, o leite de coco e o leite condensado (opcional). Mexa até dar o ponto de mingau.
Molhe o interior de forminhas próprias e distribua o manjar por todas elas. Aguarde esfriar e leve à geladeira.

>calda
Leve as ameixas e o açúcar ao fogo médio até soltarem uma calda de ponto mais espesso. Mexa de vez em quando apenas para não queimar, mas tome cuidado para não desmanchar demais a fruta. Espere esfriar e leve também à geladeira.

Nota: Se a fruta estiver muito azeda coloque mais açúcar.

Desenforme cada potinho e despeje a calda por cima com alguns pedaços da fruta.