Penso que uma das características mais instigantes da raça humana é sua premência pelos rituais. Dos que envolvem um grupo em uma espécie de celebração - casamentos, aniversários, bodas, funerais, batizados, datas religiosas - até os pequenos, os da escala menor - aqueles que só fazem sentido à nós mesmos - vivemos fazendo pequenas reverências e cultos a qualquer coisa que acreditemos como simbólicas.
Podemos visualizar deus em um copo d'água, imaginar um adorno como símbolo de poder, uma sequência numérica como um avatar ou o ruído de um animal como um presságio. Somos assim e isso talvez seja a nossa maior distinção em relação às outras espécies que habitam esse planeta.
Seja usando um batom novo acreditando na conquista certeira à uma prática de yoga pela manhã para a conexão com seu próprio "eu", veja quantos dessem fazemos ao longo do dia e muitas vezes sem nos darmos conta.
Pois essa Bruxa que vos escreve é uma dessas pessoas que creem no simbólico. Não sou dos rituais autômatos, sem analisar o que há por trás deles, mas dos feitos com a consciência desperta, aqueles nos quais deposito uma intenção.
Esse pão que trago hoje veio dessa toada. Depositei nele, ao fazê-lo ritualisticamente da massa ao preparo final, uma série de intenções direcionado-as a pensamentos positivos. Descarreguei a tensão acumulada na hora da sova e gentilmente fui deixando fluir todo e qualquer incômodo da semana que estava me atrapalhando o foco na empreitada que tinha pela frente.
Então, quando percebi, havia substituído o stress por um outro tipo de energia - essa então totalmente evolutiva - e passei realmente a acreditar que havia feito um escudo contra coisas negativas. No final olhei para esse singelo pão como uma mandala da sorte. Bastou acreditar que esse se tornou para mim. Alimentou-me fisicamente, emocionalmente e espiritualmente.
Em tempo: além de tudo, o pão é delicioso, faça também, recomendo muito.
Pão "Mandala da Sorte"
(fôrma com 32 cm de diâmetro)
receita original DAQUI
Ingredientes
>levedo
1 tablete de fermento biológico fresco
1 colher (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de farinha de trigo
100 ml de leite morno (confortável ao toque)
>massa
500 g de farinha de trigo (aproximadamente)
2 ovos
150 ml de leite morno
2 colheres (sopa) de azeite
1/2 colher (chá) de vinagre branco ou suco de limão
1 colher (chá) de sal
>para enrolar e finalizar
50 g de manteiga derretida
1 gema
1 colher (sopa) de leite
semente de papoulas, ou chia, ou linhaça, ou parmesão para salpicar - opcional
Preparo
>levedo
Em uma tigela média, dissolva o fermento com o açúcar até virar uma pasta. Misture a farinha e acrescente o leite, dissolvendo os ingredientes por completo. Espere levedar para utilizar (virar um creme fofo e estufado).
>massa
Coloque a farinha de trigo em uma tigela ou recipiente grande. Abra um buraco no meio e nesse coloque os ovos, o leite, o vinagre e o azeite. Junte também o levedo. Misture com uma colher. Quando começar a formar uma massa, enfarinhe uma bancada e despeje nela essa mistura. Abra e salpique o sal. Comece a trabalhar a massa sovando de 5 a 10 minutos.
Forme uma bola com ela e coloque-a em um recipiente levemente untado com óleo. Cubra com um pano limpo e seco e deixe crescer em um local quente e sem vento por aproximadamente 1 hora ou até dobrar de volume. Veja as fotos.
Torne a despejar a massa já crescida na bancada enfarinhada e aperte para tirar todo o ar dela. Forme um retângulo e divida-o primeiro ao meio. De cada uma das partes divida ao meio novamente e mais uma vez, até terem sobrado 8 pedaços.
Com um rolo próprio para massas, abra cada um deles até uma espessura de 0,5 cm, o que vai gerar um retângulo de aproximadamente 12 x 24 cm. Com um pincel, lambuze a superfície de um deles com uma camada da manteiga derretida. Cubra com um outro retângulo e passe também uma camada de manteiga sobre ele. Enrole como se fosse um rocambole. Ao final desse processo os iniciais 8 retângulos terão virado 4 rolos.
Corte as extremidades desses rolos (mais ou menos uns 5 cm de comprimento) e disponha-os com a parte mais irregular voltada para cima no centro de uma forma untada e enfarinhada. Nota: não se preocupe se as bordas superiores ficarem irregulares e arredondadas. Isso dará no final o efeito desejado.
Volte aos rolos e faça novamente cortes formando 4 triângulos em cada um deles. Coloque-os na fôrma por toda a borda. Cubra novamente e deixe crescer por mais uns 40 minutos.
Preaqueça o forno a 220 graus.
Misture a gema de ovo com o leite e lambuze cuidadosamente a superfície do pão. Se quiser, salpique alguma semente.
Leve para assar no forno a 220 graus por 10 minutos. Ao final desse tempo, abaixe para 190 graus e deixe assar até a superfície ficar dourada e com uma crosta durinha.
Um truque para saber se o pão está assado e dar soquinhos na base dele. Se sair um som oco, está assado, caso contrário volte ao forno.
Uma dica que faço é aumentar o forno a 240 graus nos 5 minutos finais para a crosta do pão ficar bem crocante.
Gostaram? Bom apetite!
Nossa, que pão maravilhoso que ficou! Lindo demais! E que bom que teve mais utilidades do que alimentar apenas o corpo... :) Uma ótima semana pra você!
ResponderExcluirInteressante sua inspiração, sempre achei você muito sintonizada com os eventos que sempre estão em harmonia com o universo, seu outro site mostraum pouco... , sua carta de aniversário e agora esse pão, nessa semana importante para as religiões monoteístas puras, segundo um calendário lunar nesta quinta de lua cheia foi o dia em que Deus perdoa Adão, Noé dembarca no monte Senai com sua Arca, o Profeta Jonas sai da Barrigada Baleia, o mar se abra para Moiséis e seu povo se salva do injusto Faraó.Dia bompara jejuar e quebrar o jejum com seu pão.
ResponderExcluirFiz esse pão hoje e além de lindo ficou muito gostoso....
ResponderExcluirQuerida amiga,
ResponderExcluirPrimeiro um agradecimento especial pelo evento MARAVILHOSO!!! Muito obrigada por proporcionar momentos tão ESPECIAIS!!!
Se eu gostei? Eu adorei esse pão!!! Além de DELICIOSO ainda dá sorte!!! Êba!!! Levei a receita comigo. Beijos, Irene