06 fevereiro 2015

Bolo de coco com laranja



Bolo de coco com laranja

Tenho cá minhas esquisitices. Pensar é uma delas. Alguém também pensaria, "mas pensar é esquisito?". Sei lá, mas do jeito que penso, talvez seja. Digo isso apesar do fato de não estar dentro da cabeça dos outros para saber como esses pensam. Só Imagino que cada um tenha sua dinâmica própria de pensamento, apenas isso.



Penso até enquanto medito e como dizem os sábios, "se você tem tempo de respirar, tem tempo de meditar". Então, se respiro a toda hora, sem faltar nem um segundo, passo a meditar e consequentemente, pensar. Descrevo esse raciocínio para mostrar como é o meu pensar. Desse jeito assim, procurando teorias, explicações, ou sentidos das coisas. Doideira, assumo!


Nos meus recorrentes pensamentos, estabeleço listas para sentimentos. Coloco alguns na categoria dos inúteis, aqueles que sentimos e que não nos servem para nada, falando de modo prático. Exemplos: ciúme (que não torna a pessoa amada necessariamente fiel), raiva (que seria como querer matar alguém e você próprio tomar o veneno), inveja (que não fará você obter aquilo que quer possuir de posse de outro) e outros tantos, mas que esses só já dão um bom panorama do que quero falar.


Coloco outros na lista de aprendizado. Compaixão (que é a capacidade de sentir exatamente o que o outro sente) superação, humildade, altruísmo, doação, amizade, são sentimentos que requerem um treino, não acontecem simplesmente, precisam ser cultivados.



O amor, para mim, é um sentimento da categoria multifuncional. É um coringa dos sentimentos, que se expressa da maneira mais incondicional possível, até a mais mundana. Amor é sentimento "50 tons de uma mesma cor", ou até mais.



Mais tem um, o danado, que é o mais complexo de todos e de tão difícil de se explicar, nem todo idioma tem uma palavrinha só para resumí-lo. Saudade, oxe, saudade!



A saudade nos acomete até de coisas que não aconteceram, experiências que não vivemos, até de planta, cheiro, bicho, comida, lugares, contextos, sensações. Temos saudade até de nós mesmos, em algumas circunstâncias. Saudade é um sentimento insidioso, difícil de arrancar a raiz quando se manifesta. Parece que não temos controle sobre ela, nunca. Vem e vai quando quer, tem vontade própria. Danada.



Volta e meia sinto saudade do meu pai, que partiu dessa vida terrena. Não tem a ver com nada relacionado, datas ou coisas assim. Vez ou outra bate a saudade dele atender o telefone, dar aquele abraço vigoroso que ninguém no mundo sabe dar igual. Saudade sem explicação, só ela.



Esse bolo de hoje seria um que ele iria gostar. Os doces que levavam coco eram os seus favoritos e laranja era a sua sobremesa de quase todos os dias. Essa combinação - que eu nunca havia provado - certamente ganharia um elogio dele. Então, fica assim, uma homenagem da filha para seu saudoso e querido pai.



A receita (um pouco adaptada) veio do livro "Bolo de Avó", da Editora Senac/ Cooklovers.




Bolo de coco com laranja

Bolo de coco com laranja

Bolo de coco com laranja
(fôrma de furo central de 20 cm de diâmetro)

Ingredientes
>bolo
3 ovos em temperatura ambiente (claras e gemas separadas)
1/2 xícara (chá) de açúcar peneirado
100 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
2 xícaras (chá) de farinha de trigo peneiradas
1 colher (sopa) de fermento químico em pó - para bolos
raspas da casca de 1 laranja (guarde um pouco para decorar)
1 vidro (200 ml) de leite de coco
>calda
1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar de confeiteiro
3 colheres (sopa) de suco de laranja - aproximadamente ou até dar o ponto



Bolo de coco com laranja

Preparo

>bolo
Preaqueça o forno a 180 graus. Unte e enfarinhe a fôrma.


Usando uma batedeira elétrica, bata as claras em neve. Reserve.



Em outra tigela e ainda usando a batedeira, bata a manteiga com o açúcar até obter um creme fofo. sem parar de bater, acrescente as gemas uma a uma. Desligue a batedeira e adicione a farinha e o leite de coco, intervalando a cada adição (um pouco de um, um pouco do outro até acabar). Nesse processo, misture os ingredientes à mão. Junte as raspas de laranja e o fermento, mexendo até homogeneizar. Por último, acrescente 1/3 das claras em neve, mexendo para deixar a massa mais maleável. Junte o restante das claras, agora mexendo delicadamente em movimentos de baixo para cima. 



Despeje na fôrma e leve para assar até dourar a superfície e, ao espetar um palito no meio do bolo, esse saia seco. Aguarde amornar para desenformar.



>calda

Misture os ingredientes até obter uma pasta, não muito rala e nem muito espessa. Despeje por cima do bolo e decore com raspas de laranja.


Bom apetite!



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