Queria falar de felicidade. Depois mudei de ideia e decidi por falar sobre paz - não a externa, a paz de espírito. Aí lembrei-me do amor, já puxando para a amizade e quando fui divagando, finalmente achei o sentimento que permeia todos esses: o autocontentamento.
Desde muito tenho observado atos e fatos envolvendo pessoas próximas e outras nem tanto (incluindo a mim mesma, claro), tentando descobrir um padrão de resposta a acontecimentos, ditos bons ou ruins. Por mais que tento, acho quase que impossível fazer um paralelo entre coisas boas ou ganhos ou estabilidade seja lá de qual natureza for e contentamento.
Parecemos sempre descontentes, querendo algo mais. Estamos quase a chegar no nosso próprio Shangri-la quando percebemos que ele está ainda um pouco além. Muitos de nós perdem a vida com objetivos inalcançáveis, com buscas incessantes por nem se sabe lá o quê.
Um exemplo? Tente se lembrar, lá na sua infância, o que era a coisa que você queria porque queria e que se não obtivesse jamais seria feliz. Conseguiu? Digo, conseguiu lembrar ou conseguiu aquilo? Aposto que aquela importância demasiada ficou lá naquele tempo, não? Se você - supondo que não obteve o que queria - ganhasse agora o seu antigo objeto do desejo, teria o mesmo prazer que sentiria naquela época? Arrisco a dizer que não.
Não é inédito falar que os que só miram o objetivo perdem o prazer da jornada propriamente dita. Eu acredito nisso. Seja real ou metaforicamente, há uma infinidade de pequenos prazeres, alegrias e felicidades em qualquer coisa que nos propomos a fazer.
Olha, mesmo nas fases duras, aquelas de provação, podemos criar o hábito do aprendizado e tirar algo de bom. Não é uma Pollyanna Vibe minha não. A dor também modela, ou melhor, ajuda a endurecer o nosso receptáculo para conter as coisas boas. Pense nisso.
Rodei, rodei e a pergunta: o que é o autocontentamento? Ahh, essa é a resposta de 100 milhões!
Vou falar um pouco das minhas percepções, já que é AUTO-contentamento. Para mim é um estado de plenitude onde nada do que acontece externamente parece influenciar minhas emoções. Coisas boas ou ruins não são suficientemente fortes a ponto de alterar o equilíbrio interno. É uma coisa de estar presente no momento, entendendo que o passado já foi, não podemos mais mudar e o futuro é uma abstração, não sabemos o que estar por vir. Autocontentamento é viver o fugaz e ínfimo momento presente. E por ele ser tão efêmero, não cria tristeza nem alegria.
Esse é um exercício que podemos praticar sem contra indicações. Veja, não é ficar indiferente ao mundo ou às pessoas. Não é se isolar egoisticamente. É criar um lugar no seu íntimo para visitar-se sempre que for possível ou preciso. É entender que tudo na vida passa, nada é para sempre. Até aquela sua ansiedade, ou frustração, ou alegria, ou excitação com algo. Tudo tem seu tempo de duração. O que te fez feliz hoje, amanhã pode não te fazer mais sentir o mesmo. Também o que te magoou, em breve não vai te machucar mais. Só você tem esse controle sobre você mesmo!
Bolo de laranja com cobertura de chocolate
(fôrma de furo central de 32 cm de diâmetro)
Ingredientes
>bolo
3 ovos em temperatura ambiente
60 gramas de manteiga amolecida (ponto de pomada, não é derretida)
2 xícaras (chá) de açúcar refinado
1 xícara (chá) de suco de laranja - prefira o natural
2 xícaras (chá) de farinha de trigo peneiradas
1 colher (sopa) de fermento químico - para bolos
>cobertura
3/4 xícara (chá) de açúcar de confeiteiro
3 colheres (sopa) de chocolate ou cacau em pó
água até dar o ponto - aproximadamente 1 e 1/4 colher (sopa)
1 colher (chá) de licor - cacau, laranja, chocolate - opcional
Preparo
>bolo
Preaqueça o forno a 180 graus Celsius. Unte e enfarine a fôrma.
Usando uma batedeira elétrica, bata os ovos com a manteiga e o açúcar até obter um creme fofo. Junte o suco de laranja. Desligue e misture à mão a farinha de trigo. Adicione o fermento. Despeje na fôrma e leve para assar até, ao espetar um palito no meio do bolo, esse saia seco. Aguarde amornar para desenformar.
>cobertura
Em uma tigelinha coloque o açúcar e o chocolate. Vá acrescentando a água aos poucos até dar o ponto. Adicione o licor, se gostar. Despeje sobre o bolo recém desenformado.
Bom apetite!
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Sua visita e seu comentário são muito importantes para o Caldeirão. Comentários somente com intuito de fazer propaganda serão deletados.
Obrigada e volte sempre!