Quem me conhece sabe que, apesar de não ter ou seguir nenhuma religião, sou uma pessoa que norteia meu caminho baseando-me em valores espirituais.
Assim como não tenho cor preferida, comida, lugar, também gosto de abrir e ampliar meus conceitos e absorver o que cada religião ou filosofia têm a me ajudar no meu processo de vida.
Estamos na Páscoa. Sem me ater ao seu significado histórico- factual, gostaria de falar um pouco da simbologia e do motivo que me fez querer escrever um pouco sobre isso.
Páscoa resumidamente é sobre morte e ressureição. Sobre ciclo, sobre processo, sobre transmutação. Todos nós de alguma maneira passamos por coisas na vida que temos que abandonar, abrir mão e assim renascermos para o novo. Processos sempre assustam e na maioria das vezes, doem muito.
Não é fácil falar ou entender quando esses processos são coletivos, quando envolvem muitas pessoas, um país, uma Nação. Se é dificílimo fazer uma reavaliação dos nossos valores no âmbito individual, que dirá coletivo. Mas existem momentos na história do mundo que isso é essencial, imprescindível, ou, do contrário, não passamos a "uma oitava acima".
Mal comparando, é como você ter usado uma canoa para atravessar um rio e querer continuar carregando-a nas costas por um extenso deserto. Não faz mais sentido, ainda que haja o apego e a gratidão por aquela canoa que, por mais que tenha sido essencial durante a jornada, não serve mais e só irá alongar e dificultar a chegada ao seu destino.
Porém, não há crescimento sem dor. Muito raramente vi processos de auto elevação que não tenham partido de uma crise intensa. Crises são momentos de reflexão e principalmente do "abandono da canoa". É momento do olhar interno, de faxinar sentimentos e condutas que não ajudarão a atravessar o árido deserto.
Nessa Páscoa, volte-se para dentro, recolha-se um pouco. Veja o que precisa ser "morto" e o que irá "ressucitar" em você após esse processo. Pense que estamos nesse mundo para sermos solidários, compassivos, para aprendermos uns com os outros. Ninguém vive sozinho e todos são nossos irmãos. Quando identificar o ódio, envie amor. Para a intolerância, ofereça a compreensão. Para os extremos, opte pelo caminho do meio, da equanimidade. Viva para o equilíbrio, não para o radicalismo.
"Todos somos um". Boa Páscoa!
p.s.: esse doce de hoje é um dos preferidos da minha filhota, que pela primeira vez na vida passará o domingo de Páscoa longe de nós, em outros ares, outra terra. Assim é a beleza da vida, seguindo seus ciclos e seu curso.
Palha italiana de corte
(para uma fôrma de 26 x 16 x 5 cm)
Ingredientes
2 latas de leite condensado
200 g de chocolate meio amargo em barra
1 colher (sopa) de chocolate em pó (não use achocolatado)
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
1 pacote de bolacha maizena
açúcar para passar a palha (o quanto necessário) - usei o de confeiteiro
Preparo
Unte a fôrma com manteiga. Reserve.
Em uma panela de fundo grosso, coloque o leite condensado, os chocolates e a manteiga. Leve ao fogo até obter o ponto de brigadeiro de enrolar (quando raspar a espátula e conseguir ver o fundo da panela). Apague o fogo e acrescente a bolacha picada em pedaços médios. Misture e despeje na fôrma. Aguarde amornar e leve à geladeira por umas 3 horas ou até sentir que está bem firme.
Corte em quadradinhos, usando uma faca com a lâmina molhada (se necessário, lave a faca por algumas vezes durante o processo). Passe esses quadradinhos no açúcar.
Ficam delicados em potes ou em um arranjo com papel para presentear.
Espero que tenham gostado. Bom apetite!
"Todos somos um". É isso mesmo, Sandra.Gostei da reflexão para a Páscoa, vou meditar e guardar comigo.
ResponderExcluirFeliz Páscoa!
Bj,
Lylia
O melhor que já comi!!!!!!!!!
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